“Quando amamos mais alguém do que outrem, na verdade não amamos nenhum dos dois”.
Paulo começa a descrever o Fruto do Espírito e não podia fazê-lo de forma mais feliz e adequada. Paulo fala sobre o AMOR.
Paulo escreveu aos coríntios sobre o Dom Supremo, o AMOR. (I Cor. 13)
Confundimos amor com sentimentos, mas amor não é só sentimentos. Amor é uma questão de mandamento. Jesus não disse que deveríamos sentir amor uns pelos outros, mas que, pura e simplesmente, deveríamos amar.
Amor não é um sentimento apenas, mas atitude, porque o verdadeiro amor se manifesta em atos concretos que não deixam dúvidas nenhuma. Não basta dizer que amamos, é preciso que mostremos isso em atitudes. Foi isso que Deus fez e João se referiu a isso escrevendo: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16). Por isso mesmo João, ao tentar definir a pessoa de Deus disse: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.” (1 João 4:8)
Não confunda simpatia com amor. Não confunda afinidades com amor. Não confunda objetivos em comum, com amor. Amor é atitude acima de qualquer outra coisa. Deus nos amou primeiro e veja que tipo de pessoa nós somos! Será que merecíamos esse amor de Deus? A resposta óbvia é um rotundo não. Mas Ele amou e nos ama. Amar pessoas com quem nos simpatizamos, temos afinidades, projetos e objetivos em comum, não é amor, e sim egoísmo travestido de amor.
O amor não vê a cor da pele, o nível intelectual, a condição sócio econômica. Amar pessoas da mesma cor é discriminação com respeito aos de outra cor. Amar aqueles que possuem um nível intelectual avantajado é prestar culto à razão, ao intelecto. Amar aqueles que possuem um bom patrimônio é demonstrar interesse em levar vantagem em algum momento. Amar o igual é comodismo...
Amar o diferente é demonstração de que compreendemos bem aquilo que Deus em Cristo fez por nós.
Deixemos que Paulo mesmo descreva o verdadeiro amor:
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” (1 Coríntios 13:1-13)
O amor é o que legitima tudo o mais em nossas vidas. Se e o que fazemos não tem como motivação primária e primeira, o amor, então podemos até abençoar as pessoas com nossos feitos, mas nós mesmos nunca seremos abençoados com a satisfação de termos cumprido com denodo nossa missão.
Ninguém jamais se expressou sobre o amor dessa maneira. Todos somos confrontados por essas inspiradas palavras, por esse discurso carregado de verdade e coerência.
O amor é a prova cabal de que Deus habita em nós. Veja o que diz João:
“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado. Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito. E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus. E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão.” (1 João 4:7-21)
O primeiro componente do Fruto do Espírito é o Amor.
Amar demais nunca é exagero, como se expressou alguém com muita propriedade: “A medida do amor é amar sem medida”.
APLICAÇÃO:
1. Como você enxerga as pessoas ao teu lado? Com indiferença? Você é daqueles que dizem: - Não amo, mas não odeio. Bem, se você não ama, mas não odeia, o que é que você sente pelo seu semelhante. Será que você não percebe que o mundo está neste caos em que se encontra exatamente por conta de que a maioria das pessoas não ama, mas também não odeia? Na Parábola do Bom Samaritano, o Sacerdote e o Levita mostraram que sentimento pelo moribundo jogado à beira do caminho? Cheque-se, avalie-se porque uma verdade é inquestionável, ou você ama ou odeia. Você pode até dizer que é indiferente, mas esse é um outro nome que damos para o ódio ou mesmo uma força disfarçada desse inimigo terrível da alma humana.
2. Não fique esperando sentir para fazer. Amor é algo que a gente faz e não simplesmente sente. Na verdade ficar olhando com “amor” e não fazer nada, é mesmo pura perda de tempo.
3. Amar não é opção, é mandamento que deve ser encarnado. É difícil? E quem disse que é fácil.
4. Confesse seu pecado, humilhe-se.
5. Faça uma lista daquelas pessoas com quem você tem um relacionamento difícil e tem tido dificuldade para amar. Ore por elas e por você mesmo. Aproxime-se. É óbvio que você não conseguirá ter o mesmo nível e profundidade de relacionamento com todas as pessoas. Mas você não pode agir de forma a discriminar as pessoas, pois isso é injusto.
Que Deus nos abençoe e nos faça amar de verdade, de coração e não só de boca.