Uma das minhas maiores preocupações, quando iniciamos a construção do Salão Anexo ao Templo da Igreja
Presbiteriana de Mogi das Cruzes eram os 80 buracos de aproximadamente
cinquenta centímetros de diâmetro e 12 metros de profundidade. Sim, 12 metros.
Era nessa profundidade que encontramos a rocha sobre a qual o edifício seria
construído. Isolamos o local para que nenhuma criança se aproximasse.
O alicerce de uma
edificação é a parte mais importante na construção. Se o alicerce não for bom
corre-se o risco de ver o edifício ruir diante da menor intempérie. Um vento
forte, um pequeno tremor de terra, uma forte tempestade podem por a perder toda
a casa ou edifício.
Jesus fala a esse
respeito no término do seu pronunciamento que conhecemos como o SERMÃO DO
MONTE.
Era como se Jesus
dissesse: Vocês ouviram meus ensinamentos e agora são responsáveis por minhas
palavras. Se vocês praticarem o que ensinei certamente estarão aptos a
enfrentar as naturais dificuldades que o testemunho cristão gera, mas se não
praticarem o que lhes ensinei vocês irão sucumbir diante do primeiro impasse e
oposição.
Essas palavras de Jesus
encontram similaridade na voz de Tiago, seu meio irmão, quando exortou os
leitores de sua carta a que não fossem meros ouvintes da Palavra, mas sim
praticantes da mesma.
Jesus, em suma, disse:
O
que ouviu e praticou sobre a rocha edificou.
O que ouviu e não praticou, edificou sobre a
areia.
Sobre eles veio o mau tempo, a tempestade.
O que construiu na rocha ficou firme,
permaneceu.
O que construiu na areia, foi grande sua
ruína, pereceu.
Seria o caso de
levarmos em conta esses ensinamentos de Jesus no SERMÃO DO MONTE. Eles não são
apenas belos aos ouvidos, são úteis para a vida. Eles não são apenas cheios de
boa filosofia, eles estão carregados da mais pura teologia.
Assim irmãos:
Sejamos humildes e
sensíveis a ponto de prantear por causa dos nossos pecados, mansos
(equilibrados), sedentos e famintos da retidão divina, misericordiosos e limpos
de coração, não altercadores beligerantes, mas pacificadores como filhos
legítimos de Deus; sejamos luz do mundo, sal da terra; aqueles que amam a vida
e são fiéis ao seu cônjuge, que não juram irresponsavelmente, que amam a justiça
e não se vangloriam em dar o troco, que amam o próximo sejam eles os próprios
inimigos e os que nos perseguem, discretos no trabalho do mestre e na liturgia,
buscando sempre o reino de Deus e o Deus do Reino em primeiro lugar, sinceros
ao julgar o outro ao levar em consideração nossas próprias fraquezas e
limitações, buscando sempre a Deus o Pai, em oração, no nome de Jesus, o Filho,
tendo a coragem de entrar pela porta estreita e trilhar o apertado caminho que
temos diante de nós sempre atentos aos que se apresentam como bocas de Deus,
mas são falsos profetas apesar do sucesso em seus empreendimentos, porque
afinal das contas uma árvore boa não é a que tem os maiores galhos, mas aquela
que dá bom fruto.
Vejam: ser tudo, e
muito mais que Jesus ensinou no SERMÃO DO MONTE não é fácil, como não é fácil
cavoucar na rocha. Mais fácil é cavoucar na areia, mas se construímos sobre a
rocha construímos para a eternidade e não para sermos destruídos pela
tempestades.
Sejamos, pois,
praticantes do ensinamento do Mestre Jesus e sobreviveremos, mesmo que as lutas
sejam renhidas, mesmo que sejamos feridos na vida, pois se o fizermos seremos
realmente salvos de tão grande ruína.
Amém.
Exatamente...o que penso, melhor explicação e muito profunda.
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