Liguei o rádio do carro e sintonizei uma
dessas estações tidas como evangélicas. O pregador falava sobre Deus. Ouvi por
um ou dois minutos e o meu coração se encheu de profunda tristeza. Que Deus é
esse o desse radio evangelista? Confesso que não suportei mais e mudei de
estação. O deus que aquele pregador apresentava não era definitivamente o Deus
da Bíblia.
QUE DEUS É O TEU, MEU PREZADO IRMÃO E
MINHA PREZADA IRMÃ?
Confesso que redunda em grande e difícil
tarefa responder essa pergunta sem que tenhamos a Bíblia em nossas mãos.
Eu simplesmente tenho enorme dificuldade
em pensar, raciocinar, refletir, deduzir, concluir qualquer coisa a respeito de
Deus sem a Bíblia.
Para mim, Teologia sem Bíblia é pura
filosofia sobre divindade.
Tive um professor em meu curso de
Pedagogia a quem eu respeitava e respeito muito. Um mestre em Pedagogia. Um
dia, entretanto, ele tentou mostrar à minha classe, composta na maioria de Pastores,
qual era a sua compreensão sobre Deus. Quem
era Deus para ele. Resultou
em um emaranhado confuso de conceitos e ideias totalmente desconexas. Nunca
mais tocou nesse assunto pelo silêncio que tomou conta da sala naquele dia.
E você meu prezado irmão? Dirijo-me a você
que pode ser chamado de meu irmão pela fé que professa em Jesus como teu
Salvador e Senhor; que Deus é
o teu?
Sim; que Deus é o teu?
Se tu crês em Deus, que Deus é esse no
qual fincas o alicerce de tua fé?
Creio que os maiores problemas, entre nós
cristãos, estão relacionados com nossa variada concepção sobre Deus.
Alguns o acham severo demais, justiceiro,
sisudo.
Outros o compreendem indulgente,
extremamente misericordioso e longânimo.
Outros entendem Deus como um negociante
que funciona tipo – toma lá da
cá.
Outros O entendem um
Deus utilitário de quem podem fazer uso e depois deixar de lado.
A questão, como já apontei aqui, é que nossa tendência é pensar em
Deus a partir de nós mesmos. Essa
foi a acusação de Lutero contra o humanista Erasmo de Roterdam quando afirmou: - Erasmo: teu Deus é humano demais.
Precisamos olhar para a Bíblia e lê-la sob
iluminação do Espírito Santo se quisermos conhecer a Deus de tal forma que
possamos nos relacionar com Ele e assim tenhamos um relacionamento mais sadio
entre nós que Nele cremos.
A Confissão de Fé de
Westminster, adotada pela Igreja Presbiteriana do Brasil pode ser um mapa para
que, com ela em uma das mãos e
com a Bíblia na outra, possamos
responder essa questão de crucial importância.
Diz a CFW: "Há um só Deus, vivo e
verdadeiro, o qual é infinito em seu ser e perfeição, um espírito puríssimo,
invisível, sem corpo, membros ou paixões, imutável, imenso, eterno,
incompreensível, onipotente, sapientíssimo, santíssimo, soberano, absoluto,
operando todas as coisas segundo o conselho de sua própria e imutável e
justíssima vontade, para a sua própria glória; amantíssimo, gracioso e
misericordioso, longânimo, riquíssimo em bondade e verdade, perdoando a
iniquidade, a transgressão e o pecado; é o galardoador daqueles que
diligentemente o buscam; sobretudo justíssimo e mui terrível em seus juízos;
pois odeia o pecado, e de modo algum inocenta o culpado". Esse é o Deus da
Bíblia!
É esse o teu Deus?
Então tema O, pois
nisto reside o princípio da verdadeira sabedoria. O temor do Senhor é o
princípio da sabedoria, afirmou o sábio do livro dos Provérbios (1.7).
Todos os demais
conhecimentos se tornam banalidades e fonte de orgulho humano se não forem
precedidos deste conhecimento do ser de Deus.
Conhecer esse Deus que
a Bíblia assim apresenta é o alicerce para uma vida de humilhação sem a qual
jamais poderemos, verdadeiramente, prestar verdadeira, espiritual e profunda
adoração.
O teu Deus é o único
Deus ou você coxeia entre dois ou mais deuses? Sim; isso é lamentavelmente
possível. Por isso o primeiro mandamento preceitua de forma solene e firme: "Não terás outros deuses diante de mim".
É terrível imaginar que
quase simultaneamente, quando Deus afirmava isso a Moisés no Monte Sinai , o
povo de Israel fazia para si um outro Deus em forma de um bezerro de ouro.
E lamentavelmente
diziam que aquele deus, em forma de um bezerro de ouro, era quem os havia libertado do cativeiro
egípcio. Quanta crueldade e dureza! Quanta incredulidade e frieza
espiritual! Quanta ingratidão?
Mas hoje pode estar
acontecendo o mesmo, prezado irmão. Deus continua afirmando ser o único Deus,
assim como reafirmou Moisés em Deuteronômio 6.4: "Ouve ó Israel, o Senhor,
nosso Deus, é o único Senhor", mas
muitos lamentavelmente adoram outros deuses à semelhança do povo de Israel aos
pés do monte Horebe. Adoram deuses humanos demais.
O que precisamos ter
por certo, e que está explícito nesse texto que lemos é que Deus, amados, é um só!
É sobre esse Deus que
devemos pensar a cada manhã em que damos conta de que estamos vivos.
É Nele que devemos
viver o dia que Ele em sua misericórdia nos concedeu de vida.
É a Ele que nos
voltamos para agradecer quando formos repousar. O salmista escreveu: “Em paz me deito, e logo pego no
sono, porque Senhor, só Tu me fazes repousar seguro”. (Salmo 4.6)
Só há um Deus e esse é
o Deus da Bíblia!
Nada ou ninguém pode
ficar entre nós e Ele sob o risco desse
algo ou alguém se
tornar um deus para nós.
Que Deus é o teu
prezado irmão e irmã? Que Deus tu pretendes servir nesse ano que se inicia?
Teus títulos angariados
por mãos humanas? É esse teu
Deus?
Teu patrimônio cultural
e intelectual? É esse teu Deus?
Tua condição social
privilegiada? É esse teu Deus?
Os bens que acumulaste
e que te fazem ser notado? É
esse teu Deus?
Tua paixão clubista? É esse teu Deus?
Só há um Deus, caro
irmão e amigo. Um só e digno
de nossa consideração.
Andava um homem
buscando um deus a quem servir
Passava ele pela linda
Jerusalém em seu ir e vir
Eis que uma multidão
gritava contra alguém
Palavras de desprezo,
gritos de desdém!
Sem saber o que era
aquilo a curiosidade o atraiu
Não entendia porque se
alegravam; pelo que viu!
Era um homem que
carregava uma cruz
Perguntou sobre seu
nome; e lhe disseram se chamar Jesus.
Então se deu conta de
que se tratava do filho de José e Maria
Sim, aquele notável
jovem que conheceu um dia.
Cujas palavras
aqueceram sua alma, seu coração.
Quando lhe falava sobre
Deus o Pai com tanta emoção!
Pensou: Por que querem
mata-lo? Por que faziam assim?
Aquele Jesus era um
homem sincero. Não merecia tal fim.
Fora ele quem lhe
despertara o desejo de conhecer a Deus
E agora o querem matar,
seus próprios irmãos judeus.
Acompanhou o cortejo e
o viu ser crucificado
Viu que havia dois
ladrões ao seu lado
Ouviu suas palavras e
viu o céu escurecer
Seu coração bateu
acelerado e começou a tremer
Seria ele mesmo o
Messias de quem os profetas falaram?
Seria ele mesmo o
Cristo que tanto esperaram?
Então viu que havia
naquela multidão.
Alguém diferente, com
outra disposição.
Ele chorava
abundantemente e tremia
Perguntou-lhe do que se
tratava; o que acontecia?
O homem dizia se chamar
Pedro; discípulo do que morria.
Ele era justo, não
tinha pecado, tal castigo não merecia.
Atônito o buscador de
Deus perguntou:
Mas se Ele não tem
culpa quem o condenou?
Essa foi a resposta:
Ele morreu por causa dos nossos pecados.
Para que eu e você
fossemos perdoados.
Mas ele disse que não
deveríamos nos preocupar
Porque ele haverá de
ressuscitar.
Ele há de vencer a
morte por causa dos seus.
Ele é a vida eterna,
Ele é o próprio Deus!
O buscador ansioso
olhou novamente para a cruz
Aquele homem justo já
havia expirado.
Alguns discípulos
tiravam seu corpo dali
Para sepultá-lo em um
túmulo emprestado.
Todos se retiraram como
se tivessem cumprido uma nobre missão
Pareciam ter extirpado
da terra um herege sem coração
Mataram um homem justo,
mataram Jesus!
E aquele homem olhou
mais uma vez para a cruz.
Voltou então a procurar
um deus a quem servir.
E caminhando se pôs
profundamente a refletir.
Seria o crucificado o
Cristo que viria?
O que mais estava
reservado para aqueles dias?
O domingo chegou. Era
madrugada.
As mulheres estavam
preocupadas.
Foram ao túmulo e ao
crucificado não encontraram.
Viram dois varões que
lhes falaram.
Ele não está aqui.
Ressuscitou!
Ele mesmo disse que
assim seria.
Depois de morto e
sepultado ele ressuscitaria.
Cheias de júbilo dali
se foram pra isso contar com espanto e alegria.
A notícia se espalhou e
todos temeram
Principalmente aqueles
que injustamente o prenderam.
Até aos ouvidos daquele
buscador de Deus tal notícia chegou.
Seu coração bateu
acelerado; sua busca terminou.
Aquele Jesus filho de
José e Maria
Era o Deus a quem tanto
deseja conhecer.
Voltou para casa com o
coração cheio de alegria
Sua jornada acabara.
Sua busca terminara!
Não haveria mais de ir
e vir.
Encontrara o Deus Único
a quem servir.
(Minha autoria)
Que Deus é o teu?
Se você ainda não sabe,
você ainda não o conhece. E conhecer a Deus na intimidade é a vida eterna. Foi
isso que disse Jesus ao afirmar: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti,
o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. (João 17.3)
Que Ele se revele a ti,
como Jesus o fez àqueles discípulos no caminho da cidade de Emaús. Que você
decida servi-lo, única e exclusivamente. Que Ele seja o ar que tu respiras, a
água que tu bebes, a única e derradeira esperança de tua alma. Essa é minha
oração por ti e por todos nós.
Amém!
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