“....Nada
me faltará!”
O Salmista
declara de uma forma extraordinária: “O Senhor é o meu Pastor..” Ele não
discute se há um Deus, ou não. Em seu coração há a mais absoluta certeza de que
Deus existe. Tudo na vida da gente começa assim, ou seja, começa na fé em Deus.
Diz o Salmista, ainda, que esse Deus (Jeová, o Deus do Pacto, da Aliança), é
seu Pastor. Em outras palavras, Davi está dizendo que é uma ovelha do pastoreio
divino. Você já teve a oportunidade de observar o relacionamento de um pastor
com suas ovelhas? Davi sabia muito bem como era esse relacionamento porque,
antes de ser o Rei de Israel, ele havia sido pastor de ovelhas e por elas lutou
e venceu um leão e um urso. Enfim...é maravilhoso saber que há um Deus e que
ele é nosso pastor e nós ovelhas do seu pastoreio. (Salmo 95.7)
Davi
disse que, por ser Deus nosso Pastor, nada
nos faltará. Essa é uma declaração igualmente maravilhosa e que deve trazer
conforto para nossas almas, ainda mais quando vivemos em dias nos quais as
pessoas são mais valorizadas por aquilo que têm do que por aquilo que são. Essa
declaração é maravilhosa nesses dias nos quais vivemos um materialismo
exacerbado, um consumismo aprisionante. Essa declaração traz uma nova dimensão
para as nossas vidas, em dias nos quais vivemos a competição de procurarmos ter
mais do que o nosso vizinho, ou o nosso parente tem. Essas posturas é que fazem
a alma enfermar.
1. Adoecemos
muitas vezes não porque não possuímos, mas porque o outro tem. Isso é inveja e
inveja é obra da carne, é pecado e pecado traz toda sorte de malefícios
incluindo doenças físicas. Quando desejamos ter alguma coisa, nos esquecemos
facilmente de sermos gratos por aquilo que já possuímos porque o desejo de ter
aquilo outro nos cega. Assim, muitos de nós vive sorvendo na alma a amargura, a
raiva contra a vida e a existência. Eu gosto muito do que diz o Salmista: “SENHOR,
não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de
grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim. Pelo contrário, fiz
calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços
de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo. Espera, ó Israel, no
SENHOR, desde agora e para sempre.” (Salmos 131)
2. Adoecemos
porque nos endividamos ao comprar aquilo que é fútil e banal. Alguém já disse
que o consumista é aquele que “compra o que não precisa, com o dinheiro que não
tem, pra agradar a quem ele não conhece”. Se nossa preocupação fosse agradar a
Deus certamente não gastaríamos nosso dinheiro com aquilo que não é pão
(necessário) (Isaías 55.2). Por isso disse o Salmista: “Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração.”
(Salmos 37:4 RA)
3. Adoecemos
porque nos esquecemos de que mais vale a alma do que os bens patrimoniais e
intelectuais que possamos acumular nessa vida aqui, onde, como bem disse Jesus,
os ladrões escavam e roubam e a traça e a ferrugem corroem. A alma, não tem
preço, mas muitos a trocam por aquilo que o mundo oferece. Disse Jesus: “Pois que aproveitará o homem se ganhar o
mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?”
(Mateus 16:26) Essa mensagem é pertinente para você que vive trocando seus
momentos devocionais e de serviço na obra do Senhor, por seus estudos nos quais
busca refúgio na intelectualidade. Essas palavras têm um endereço, ou seja, o
coração de todo aquele que pensa que os bens patrimoniais podem garantir a paz.
Se assim fosse os Bill Gates dessa vida seriam os homens mais felizes e isso,
absolutamente, não é verdade. O grande armador grego, Onassis, um bilionário,
morreu amaldiçoando a vida.
“Nada nos
faltará” Se
há pão sobre a mesa é porque Deus o colocou lá. O problema é que; só o pão não
serve. Mas nós sabemos que o pão já é suficiente. É porque não temos o que
desejamos ter que enfermamos. Mas a saúde começa com um coração grato. Aliás
disse Dorothy O’Neill: “O coração agradecido é o melhor antídoto
para a depressão e o desânimo”. Bem disse Paulo: “Alegrei-me, sobremaneira, no
Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado; o
qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade. Digo isto, não por
causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer
situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em
todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome;
assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece.”
(Filipenses 4:10-13)
Reconheçamos: nada nos tem faltado!
A não ser que
desejamos mais do que já temos. Aí em lugar de gratidão, nasce a murmuração, em
lugar de louvor, brota o amargor, em lugar da saúde, vem a doença.
Ter mais não é
pecado, desde que aprendamos a estar satisfeitos com o que já temos.
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